sábado, maio 13, 2006

Nada encobriremos aos nossos filhos

Sl 78.3-4
Certa vez presenciei a conversão de uma mulher. Sabemos que quando encontramos Cristo, somos convencidos de nossos pecados, mas no caso daquela mulher isso foi algo claro e manifesto nas seguintes palavras ditas entre lágrimas: “Eu pensei que somente dar um bom lar, amor e carinho aos meus filhos era o suficiente!” e, “Nunca me preocupei em dar-lhes uma religião e ensinar-lhes os caminhos de Deus”.
O que me chamou a atenção em sua confissão foi o que sua consciência de pecado trouxe a tona. Nada de escândalos sexuais ou atos de desonestidade, mas uma “simplesnegligência de mãe na educação de seus filhos.
Por que a falta de preocupação com a vida espiritual dos filhos é algo que pode preocupar um novo convertido e por vezes passa desapercebido na mente de alguém crente a mais tempo?
Isso é claro quando percebemos a espécie de investimento que os pais fazem nos filhos. Colocam eles na aula de natação, inglês, informática, balé, judô, etc e preocupam-se com as notas tiradas no colégio, mas e a vida espiritual? Orar por eles e com eles? Cobrar que leiam a Bíblia e estudem suas revistas de Escola Dominical?
O Texto do Salmo 78, versículos 3 e 4 diz:
O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez.
A grande exortação que o salmista faz aos pais é sobre o perigo da negligência. Nenhum pai ou mãe que se preze deixa de ensinar aos seus filhos o certo. Nãonada mais certo do que as diretrizes deixadas por Deus como princípios de vida e não se sentir obrigado a ensiná-los é no mínimo uma falta de responsabilidade.
Conheci uma mãe que dizia que religião era alguma coisa de cunho pessoal e, por isso, deixaria para que o filho escolhesse depois de crescido. Respondi a ela que não poderia existir nada mais pessoal do que o nosso próprio nome e nem por isso nossos pais nos deixaram esta escolha somente para depois de estarmos crescidos.
Nãodesculpa para não ensinar o certo. Outra mãe argumentou: “Não trouxe meu filho a igreja hoje porque ele não quis vir. Não vou trazê-lo forçado.” Perguntei a ela se seu filho não quisesse comer por vários dias ela também não iria obrigá-lo. É claro que iria! Preocupar-se com aquilo que se alimenta espiritualmente é tão ou mais importante que a preocupação com o alimento físico.
Outra mãe justificou sua ausência na igreja dizendo que quase na hora de ir para a igreja seu filho dormiu. Interessante que essa mãe era a mesma que de uma maneira rigorosa levanta seus filhos bem cedo para irem à escola. Incoerência, ou melhor, desleixo.
Mas eu falei de mães até agora. Sabem o por quê? Porque em nossos dias é muito difícil de falar sobre o contato que o pai tem com os filhos. Esses contatos se resumem a quase nada ou nada mesmo. Dos pais (não as mães) provém o pior de todos os pecados em relação às conseqüências: a omissão. Crêem que seu único papel é de ser o provedor financeiro e deixar seu lar ao “Deus dará”.
Não encobriremos aos nossos filhos”. Isso é uma ordem. Negligenciá-la é plantar um fruto muito amargo de se saborear pelas suas conseqüências catastróficas futuras. A Palavra nos manda não perder nem sequer uma oportunidade para ensiná-los: “tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” (Dt 6:7)

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